5 de fevereiro de 2014

Desconseguir viajar... e mesmo assim conseguir

No pouco tempo que passou desde que aterrei em Angola já deu para perceber que existe uma perspectiva perante os problemas que até aqui me era estranha.

Conforme me explicaram à minha chegada, aqui é tudo normal. Até o que não é normal, passa a ser.

Uma das principais causas desse estado de espìrito (no fundo é isso mesmo) tem a ver com um fenómeno que aqui se manifesta em praticamente todas as situações que se pode designar por Desconseguir (ver aqui).

Acontece que aqui nada é garantido e nem sempre o que parece fácil... é fácil.

Mas o que é certo é que de revés em revés as coisas mais ou menos vão funcionando (embora mais para menos do que para mais).

Aliás, a viagem que dá origem a este post é consequência de uma série de circunstâncias, episódios caricatos, peripécias e imprevistos, enfim, "encanzinanços". E dos grandes.

O que é facto é que eu tinha um programa estabelecido. 

Esse programa era bastante simples e consistia em ir do Soyo a Luanda para estar presente numa reunião. 


Tanto a ida para Luanda, como a vinda para o Soyo seriam feitas de avião na TAAG, viagem que não demoraria mais do que 1 hora.

No entanto, devido a um conjunto de desencontros, situações caricatas e falhanços alheios que talvez um dia venha a contar, o regresso fez-se por terra, de carro, num percurso com extensão total de 420 km, dos quais 170 km (os últimos) em picada.

Foram 7 horas sem parar.

Lamentavelmente o registo fotográfico terminou por falta de bateria pouco depois de passar por Nzeto (mais ou menos a meio da viagem), pelo que não foi possível ilustrar as últimas 3 horas de viagem, 2 delas feitas na escuridão absoluta da noite (parecido com isto, mas com o terreno muito acidentado).

Eis algumas fotos da viagem.

À partida de Luanda.
Saindo de Luanda.

A caminho da Barra do Dande.
Na Barra do Dande (Provincia do Bengo).
A caminho de Nzeto.












Chegada a Nzeto (Província do Zaire).




Saída de Nzeto.
A caminho do Soyo.
A picada ali ao fundo.
Início (fim) da picada.

E depois foram só mais 3 horas... mas cheguei.

Sem comentários:

Enviar um comentário