(Sálvio 10', Talisca 38', 43', 55', Ola John 76')
E assim se começa verdadeiramente bem um fim-de-semana.
Goleada sem espinhas em vésperas de jogo europeu ainda por cima com o jogo a ficar resolvido na primeira parte (0 - 3).
Não foi uma exibição de encher o olho e posso dizer que me continua a preocupar a excessiva facilidade com que os adversários chegam à zona da nossa àrea, conseguindo cruzar ou até rematar.
Contra a maioria das equipas do nosso campeonato poderá não haver problema, mas e as outras?
A rever urgentemente, porque na Champions não há abébias.
Quanto ao reforço Samaris, não deslumbrou e abusou um pouco das faltas, o que até acaba por ser natural nesta fase. Notou-se nitidamente que ainda está à procura do seu espaço na equipa, mas isso é uma coisa que em princípio se resolve com minutos nas pernas. No entanto fiquei agradado com a sua qualidade de passe a 20 e e mais metros, não só pela quantidade de vezes que arriscou, como pelo acerto revelado nessas tentativas.
O Cristante revelou as mesmas dificuldades que o grego no que diz respeito ao seu posicionamento em função da dinâmica da equipa, o que também neste caso é compreensível.
O homem do jogo terá que ser o Talisca, sobretudo pelo pormenor(maior) de ter marcado 3 golos. Nota-se que está mais solto e expedito com a bola, mas há bastante margem para melhorar.
Os outros? Bem, os outros não sabem jogar mal (às vezes sabem, mas é raro). Podem não estar no pico de forma, mas os mínimos com que se apresentam, normalmente são suficientes (temos ali uma excepção na defesa, mas pronto).
Resumindo, não foi um jogo de encher o olho em termos exibicionais, nem a nível colectivo, nem a nível individual (Talisca é excepção pelo número de golos), mas perante um resultado como o de ontem não há do que reclamar.
Destaques positivos:
Talisca. Finalmente golos em jogos oficiais. Finalmente um golo de livre directo. Estão confirmadas e até superadas as minhas expectativas relativamente a este jogador. Tem ainda um trabalho grande de evolução pela frente, mas aos poucos vai-se afirmando no onze (mais cedo do que eu esperava).
Maxi. Se não fossem os golos do Talisca, creio que teria sido o melhor do Benfica. É impressionante a garra daquele homem. As pernas não são tão rápidas como há 2 ou 3 épocas atrás, mas é um poço de vontade.
Lima. Fez tudo por marcar e merecia um bocadinho de sorte para marcar golo nas 3 ou 4 oportunidades que teve. Está a melhorar.
Destaques negativos;
Conforme referi acima, preocupa-me a fragilidade que revelamos nos momentos de transição defensiva. Nessa situação por diversas vezes ficámos demasiado expostos, muitas vezes devido a percas de bola do Sálvio em acções individuais (também a melhorar pelo argentino).
Mais 3 pontinhos para o nosso pecúlio e, ainda que à condição, estamos em primeiro.
Nota artística (0 a 10): 6
Venha o Zénit de Leninegrado!
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