17 de setembro de 2014

Resultado Final

SLB 0 - 2 Zenit de São Pertersburgo (Liga dos Campeões - Fase de Grupos, Jornada 1)
(Hulk 5', Alex Witsel 20')

A isto se chama começar com o pé esquerdo.

A exibição foi muito, muito fraca e o resultado foi o melhor de tudo o que aconteceu.

Num jogo destes, em casa, há que pegar no jogo desde o início e... não fomos capazes.

Os problemas que evidenciei na análise ao jogo com o Setúbal (aqui), ontem manifestaram-se de forma bastante mais evidente.

Em momentos de transição defensiva ficamos muito desequilibrados e permitimos que os adversários cheguem à nossa área em condições de centrar e de rematar com demasiada facilidade. E isso, como seria de esperar, com equipas mais fortes vai-nos custar caro.


A zona entre o nosso meio campo e a defesa foi por diversas vezes uma autêntica auto-estrada para os adversários, sucedendo-se os momentos em que estes surgiam à entrada da área em igualdade (ou até superioridade) numérica.

Tudo isso, porque foram raras as vezes em que a equipa funcionou como um bloco.

Foi, em termos tácticos e de desempenho colectivo, uma das exibições mais fracas da era Jorge Jesus.

Depois há os outros problemas que vêm da pré-temporada e que estão ainda em fase de resolução (assim espero e assim acredito).

Em primeiro lugar, o meio campo não funcionou como tampão às investidas adversárias, aliás algo que já havia ficado patente no jogo acima referido. Samaris está ainda à procura do seu espaço, mas o que é certo que para já, não está a encaixar de forma eficaz.


Depois há o problema de todos conhecido no centro da defesa. Jardel não é Garay e isso é inultrapassável. Os golos, por exemplo, são resultado de 2 passes errados do Jardel que deixaram a equipa totalmente descompensada.

O primeiro erro deu golo ao Hulk. O segundo, deu origem ao livre directo (e à consequente expulsão de Artur) donde nasce o canto que dá o golo do Witsel.

Na baliza, no pouco tempo que esteve em campo Artur revelou a intranquilidade que o tem assolado desde há muito. Nada de novo, portanto, No entanto, creio que no lance da expulsão, até merece algum crédito por ter sabido fazer a falta fora da área. Quando entrou, Paulo Lopes ocupou o lugar de forma competente.


Ainda assim, o que mais me consternou foi o facto de uma vez mais ter sido demasiado fácil para uma equipa liderada pelo André Villas-Boas levar de vencida o Benfica. E desde o primeiro minuto. Mais, usando exactamente as mesmas armas e o mesmo sistema que usava quando orientava o FC Porto. De lá para cá (passando por Vitor Pereira cujos princípios são semelhantes) o Jesus não aprendeu o antídoto. Isso sim, é preocupante.

Foi um pouco estranho ver jogar contra nós algumas caras que estávamos habituados a ver defender a nossa camisola. Falo do menino Witsel (que até marcou um golo que não festejou), mas sobretudo de Garay e Javi Garcia, aqueles que cá permaneceram mais tempo. Relativamente ao Javi é de facto espantoso a forma como se sabe impor sempre nos limites do amarelo. Era assim no Benfica - para desespero dos adversários - e é assim no Zenit.



Destaques positivos:
Esforço colectivo dos 10 que ficaram em campo, embora na minha opinião isso seja uma mão cheia de nada, se os objectivos não são atingidos.

Destaques negativos:
Demasiados, mas sem sombra de dúvida Jardel e Jorge Jesus, pelas razões acima apontadas.

Enfim, uma noite europeia não para esquecer, mas para recordar. A próxima partida desta competição é a deslocação a Leverkusen e face ao resultado de ontem, é um jogo que importa não perder.

Nota artística (0 a 10): 2

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