11 de dezembro de 2014

E Depois do Adeus?

Eliminados das competições europeias antes do fim do ano, resta saber o que nos vai trazer o que resta da época.

Com mais este falhanço na prova maior do futebol europeu é bem provável que venhamos a assistir a mais um desbaste no nosso 11 titular e, consequentemente, nas nossas aspirações no que à conquista de títulos diz respeito.


É certo que já no Verão se falava nas saídas (para o Valência) de Enzo e de Gaitán e que estas não se confirmaram. Mas também me parece extremamente plausível que essas "não saídas" possam ter sido caucionadas pela presença do Benfica na Liga dos Campeões e que agora, face à eliminação prematura, deixe de haver razão para que não se concretizem.


A julgar pelo que tem sido escrito nos jornais, neste momento só está em causa a saída do Enzo Pérez. Mas mesmo sendo apenas essa, já será um rombo importante na qualidade do 11 titular, sobretudo tendo em conta que ainda não se vislumbra  no plantel um elemento à altura de substituir o argentino. Eu pelo menos não o consigo fazer e não me venham falar no Pizzi, porque até prova em contrário é um perfeito tiro no escuro.

Aliás, a existência do chamado mercado de Inverno nesta fase seria uma excelente oportunidade de equilibrar o plantel, designadamente para a posição de defesa central, pois apesar de ainda manter algumas esperanças na qualidade do Lisandro López, parece que o Jesus não as partilha comigo.

Na baliza, o Júlio César trouxe (até ver) a tranquilidade necessária a que a linha defensiva actue sem nervosismos. Um pouco à semelhança do que aconteceu na época passada quando após a chegada à titularidade do Oblak praticamente deixámos de sofrer golos. Estamos servidos e bem. 



Assim sendo, se somássemos um central com um pouco mais de qualidade à linha defensiva (reforço que ainda acredito que possa ser o Lisandro) e que fizesse boa companhia ao Luisão, estaríamos muito mais próximos de não sofrer dissabores nos jogos que faltam disputar até ao fim da época, todos eles em solo nacional.

No meio campo defensivo provavelmente iremos contar com dois reforços, Rúben Amorim e Fejsa, que não sendo nenhuns fora-de-série, são jogadores que representam alternativas com alguma qualidade, face ao cenário actual. Se o Enzo não sair, será suficiente.


Nas alas e no ataque caso haja capacidade para manter os que já cá estão (Sulejmani ainda pode ter uma palavra a dizer), creio que temos as condições necessárias e suficientes para atingirmos os nossos objectivos. Jonas está a ser o joker que nos faltou nas competições europeias e acredito que no campeonato nos vai valer muitos pontos. Talisca é ainda um projecto, não mais do que isso.


Face ao cenário que se apresenta, não se pode dizer que não tenhamos condições para vencer, mas também é certo que a concorrência este ano está (mais) forte e quer-nos vencer (ainda) mais que no ano passado.

Os próximos 2 meses vão ser decisivos para o sucesso da época desportiva e deles dependerá muito do que se vai passar na época seguinte.


O Jesus está em final de contrato com o Glorioso e, ou muito me engano, é desta que os caminhos se vão separar. A avaliação da passagem do Jesus pelo Benfica dependerá muito daquilo que (não) se conquistar esta época, sendo certo que a sua estadia no banco ficará na memória de todos os adeptos por muitos e bons anos. Se por bons ou se por maus motivos, no fim da época se verá.

Os dados vão ser lançados, mas uma coisa é certa, há objectivos que não podem deixar de ser alcançados e um deles é o campeonato.

É que se antes já o era, depois do adeus, não há volta a dar. O bicampeonato é obrigatório.


Tem a palavra o Luis Filipe Vieira.

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