Estávamos nos oitavos de final da edição de 1992/93 da Taça de Portugal , jogados a uma mão.
O "sorteio" ditou um FC Porto vs Benfica, nas Antas.
O marcador teimava em manter-se nulo para ambas as equipas, quando Timofte já na segunda parte, aos 72', fez o 1-0 para o FC Porto.
O Benfica estava em maus lençóis. O jogo aproximava-se do fim. É então que Toni manda entrar o mal amado Mostovoi.
A 2 minutos do fim, o Benfica ganha um livre à entrada da área. Mostovoi avança para a marcação e empata a partida. Delírio. O jogo segue para prolongamento, mas não sofre mais alterações e tem que ser repetido, desta feita na Luz.
O jogo de repetição aconteceu num dia de semana, a 27 de Janeiro de 1993, à tarde.
Decidimos ir ao jogo à última da hora. Nesse dia, ou na véspera - não me lembro - tinham anunciado a contratação do Futre. Não me recordo se houve mais algum factor extra, mas o que é certo é que a mobilização foi total.
As bilheteiras estavam completamente atulhadas de gente e era a confusão total (no meio daquela barafunda encontrámos um familiar). Tudo isto e já passava da hora de início do jogo. Depois, nova prova de fé: entrar no estádio.
A Direcção do Glorioso presidida por Jorge de Brito foi apanhada de surpresa e tinha aberto apenas 80.000 lugares, quando sócios e adeptos com bilhete éramos mais de 100.000.
Conclusão. entrámos com meia hora de atraso e fomos para a parte mais alta do terceiro anel. Nem fomos a tempo de ver a galáctica apresentação do Futre.
Jogo de nervos, como sempre. Kostadinov, pelo FC Porto ameaçou por uma ou duas vezes.
Mas foi o Isaías numa grande jogada individual a fazer o 1 - 0 na baliza do topo Sul, já na segunda parte. Golo do Benfica.
Entretanto, Fernando Couto é expulso por causa de um ajuste de contas com Mozer e é já próximo do fim que chega o 2 - 0, por Yuran, outro russo mal amado.
O Benfica passou, num tempo em que ainda era possível meter 100.000 pessoas no estádio num dia de semana, à tarde.
Taça de Portugal 1992/93 - 1/8 Final
Benfica 2 - 0 FC Porto
(Isaías 58', Yuran 85')
Para a história ficou a passagem do Glorioso, o magnífico golo do Isaías e uma incrível dor de rins do Fernando Couto.
Que se repita hoje.
Que se repita hoje.
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