O jogo que recordo neste post aconteceu na época 1991/92 na primeira edição da Liga dos Campeões, ainda jogada apenas com os campeões nacionais da época anterior, mas já no formato de grupos.
Creio ser a nossa vitória vitória mais gorda nessa competição desde que a Taça dos Campeões Europeus deixou de ser disputada no formato clássico das eliminatórias.
A história passou-se mais ou menos assim.
Após uma primeira fase a eliminar que culminou com uma vitória em Londres, deixando o Arsenal para trás, o Benfica apurou-se para a fase de grupos, onde nos caiu em sorte Dínamo de Kiev, FC Barcelona e Sparta de Praga.
Depois uma primeira volta equilibrada, mas a correr para o mal (empate em casa com Barcelona e com o Sparta de Praga e derrota em Kiev), o Glorioso chegou à penúltima jornada da fase de grupos a saber que se goleasse o Dínamo na Luz, uma vitória pela margem mínima em Barcelona seria bastante para ser apurado para a Final da competição.
Bom, o que aconteceu, foi que o Benfica esmagou o Dínamo e retribuiu a derrota da primeira volta com uma mão cheia de golos, atingindo o objectivo definido.
Infelizmente, não foi suficiente, pois em Barcelona o Stoichkov deu cabo do Benfica e, em particular, da carreira do José Carlos, que só porque não teve pernas para acompanhar o búlgaro (quem tinha naquela época?) ficou marcado para sempre, tendo até recebido guia de marcha no final da época.
Derrota por 2 - 0 e, mais tarde, Barcelona campeão europeu pela primeira vez.
Fica a lembrança de uma goleada à Benfica na competição maior do futebol europeu e, em particular a minha frustração naquele jogo por não ter visto o resumo alargado que deu tardíssimo e a programação do gravador de vídeo não ter sido eficaz, falhando por completo a gravação desse resumo.
Liga dos Campeões 1991/92 - Fase de Grupos
Benfica 5 - 0 Dínamo Kiev
(César Brito 25' e 62', Isaías 71', Sergey Yuran 83' e 87')
Será que onde se lê Garay deve ler-se Sidney, Jardel, Mitrovic, ou Steven Vitória?
De certeza que não estamos a falar do defesa central titularíssimo do Benfica e da selecção argentina que se apurou hoje mesmo para os oitavos de final do Campeonato do Mundo de Futebol.
Esse não era vendido por 6.000.000 € (engraçado que alguns ingénuos ainda acreditam que esse é o valor que corresponde apenas à percentagem do Benfica), a não ser que...
- o Vieira estivesse a precisar de moedas para o parquímetro;
- estivéssemos a dever dinheiro ao Garay;
- estivéssemos a dever dinheiro ao empresário do Garay;
- estivéssemos a dever dinheiro ao empresário que fala com o empresário do Garay;
- estivéssemos a dever dinheiro ao empresário que fala com o empresário que fala com o empresário do Garay;
- alguém estivesse a meter dinheiro ao bolso;
ou então,
- o Witsel não tenha sido vendido por 45.000.000 €, mas sim por 31.000.000 € e isto seja apenas o acerto de contas.
Confesso que o Mundial não é assunto que me entusiasme muito, mas dada a chuva de críticas que se abate sobre o André Almeida por parte de alguns iluminados, fui saber o que aconteceu e parece que foi isto:
Jogo 1: Portugal 0 - 4 Alemanha
- André Almeida entrou aos 65 minutos, estando Portugal a perder 3 - 0
- Score de 0 - 1 nos 25 minutos em que o André Almeida esteve em campo.
Jogo 2: Portugal 2 - 2 Estados Unidos
- André Almeida saiu ao intervalo com Portugal a ganhar 1 - 0.
- Score de 1 - 0 nos 45 minutos que André Almeida esteve em campo.
Resumindo, no conjunto dos 2 jogos:
André Almeida em campo (70 minutos): - Score de 1 - 1 que se traduziria em 3 pontos conquistados.
André Almeida no banco (110 minutos): - Score de 1 - 5 que se traduziria em 0 pontos conquistados.
Ora, não querendo insinuar que o André seja o homem certo, no lugar certo, fica claro que não é de certeza ali que está a raiz dos males desta selecção.