(Hulk 5', Alex Witsel 20')
A isto se chama começar com o pé esquerdo.
A exibição foi muito, muito fraca e o resultado foi o melhor de tudo o que aconteceu.
Num jogo destes, em casa, há que pegar no jogo desde o início e... não fomos capazes.
Os problemas que evidenciei na análise ao jogo com o Setúbal (aqui), ontem manifestaram-se de forma bastante mais evidente.
Em momentos de transição defensiva ficamos muito desequilibrados e permitimos que os adversários cheguem à nossa área em condições de centrar e de rematar com demasiada facilidade. E isso, como seria de esperar, com equipas mais fortes vai-nos custar caro.
A zona entre o nosso meio campo e a defesa foi por diversas vezes uma autêntica auto-estrada para os adversários, sucedendo-se os momentos em que estes surgiam à entrada da área em igualdade (ou até superioridade) numérica.
Tudo isso, porque foram raras as vezes em que a equipa funcionou como um bloco.
Foi, em termos tácticos e de desempenho colectivo, uma das exibições mais fracas da era Jorge Jesus.
Depois há os outros problemas que vêm da pré-temporada e que estão ainda em fase de resolução (assim espero e assim acredito).
Em primeiro lugar, o meio campo não funcionou como tampão às investidas adversárias, aliás algo que já havia ficado patente no jogo acima referido. Samaris está ainda à procura do seu espaço, mas o que é certo que para já, não está a encaixar de forma eficaz.
O primeiro erro deu golo ao Hulk. O segundo, deu origem ao livre directo (e à consequente expulsão de Artur) donde nasce o canto que dá o golo do Witsel.
Na baliza, no pouco tempo que esteve em campo Artur revelou a intranquilidade que o tem assolado desde há muito. Nada de novo, portanto, No entanto, creio que no lance da expulsão, até merece algum crédito por ter sabido fazer a falta fora da área. Quando entrou, Paulo Lopes ocupou o lugar de forma competente.
Foi um pouco estranho ver jogar contra nós algumas caras que estávamos habituados a ver defender a nossa camisola. Falo do menino Witsel (que até marcou um golo que não festejou), mas sobretudo de Garay e Javi Garcia, aqueles que cá permaneceram mais tempo. Relativamente ao Javi é de facto espantoso a forma como se sabe impor sempre nos limites do amarelo. Era assim no Benfica - para desespero dos adversários - e é assim no Zenit.
Destaques positivos:
Esforço colectivo dos 10 que ficaram em campo, embora na minha opinião isso seja uma mão cheia de nada, se os objectivos não são atingidos.
Destaques negativos:
Demasiados, mas sem sombra de dúvida Jardel e Jorge Jesus, pelas razões acima apontadas.
Enfim, uma noite europeia não para esquecer, mas para recordar. A próxima partida desta competição é a deslocação a Leverkusen e face ao resultado de ontem, é um jogo que importa não perder.
Nota artística (0 a 10): 2
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